Categoria: Artigos
Data: 07/09/2025

Independência ou morte!



Amada igreja,


No 7 de Setembro lembramos o grito às margens do Ipiranga, mas é o brado do Calvário que, de fato, liberta: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36). A independência política abriu caminhos para uma nação; a libertação em Cristo abre o caminho para a vida. Uma pode mudar bandeiras; a outra transforma corações.


A falsa liberdade que mata



Vivemos tempos em que “liberdade” muitas vezes é confundida com autonomia absoluta — fazer o que se quer, como se Deus não existisse. A Escritura é direta: “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). A independência de Deus não é progresso; é precipício. Uma pátria pode ser soberana e, ainda assim, seu povo estar cativo ao egoísmo, à idolatria do poder e às correntes invisíveis do pecado.


A verdadeira liberdade que salva



O Evangelho nos chama a uma liberdade diferente: não a licença para pecar, mas a libertação do poder do pecado para servir em amor (Gálatas 5.1,13). Cristo nos emancipa da tirania do “eu” e nos faz povo seu. Onde o Espírito do Senhor está, aí há liberdade — liberdade para perdoar, para repartir, para escolher a verdade quando a mentira rende mais cliques. Em termos reformados: a graça nos liberta para obedecer.


O chamado público da igreja



Patriotismo cristão não é culto à nação; é serviço ao próximo em nome de Jesus. Por isso:




  • Proclamamos o Evangelho como a única base de verdadeira liberdade (João 8.32).




  • Oramos pelas autoridades e trabalhamos pelo bem comum (1 Timóteo 2.1–2; Jeremias 29.7).




  • Praticamos justiça, misericórdia e honestidade nas pequenas e grandes decisões (Miquéias 6.8).




  • Formamos consciências à luz da Palavra, não à imagem das polarizações (Romanos 12.2).




Se queremos um Brasil livre, precisamos de brasileiros libertos. Uma sociedade justa nasce de corações regenerados.


Aplicações para nós, hoje





  1. Confissão e arrependimento: independência do pecado começa aos pés da cruz (1 João 1.9).




  2. Vida pública íntegra: pague o que deve, fale a verdade, honre compromissos; isso é cidadania do Reino.




  3. Serviço e compaixão: transforme sua rua com atos de amor prático — a pátria também passa pela calçada da sua casa.




  4. Intercessão perseverante: suplique por governantes, educadores, profissionais de segurança, líderes comunitários. O joelho dobrado endireita muito caminho torto.




  5. Comunidade que brilha: que nossa igreja seja farol: acolhedora, bíblica, missionária, generosa e justa (Mateus 5.16).




Uma visão para a nação



“Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmo 33.12). Sonhamos com um Brasil onde crianças aprendam a amar a verdade, onde autoridades temam a Deus, onde a justiça não seja privilégio, onde o pobre seja lembrado, e onde o nome de Jesus seja confessado com liberdade e alegria. Não é utopia: é missão.



O grito da nossa fé ecoa mais alto: Independência do pecado, ou morte; dependência de Cristo, e vida!



Que o Senhor nos conceda graça para viver essa liberdade e proclamá-la com coragem. Comecemos em casa, avancemos na igreja, alcancemos a cidade. E que, ao celebrar a Independência do Brasil, testemunhemos a única liberdade que nenhum império pode dar e nenhum tirano pode tirar.


Com amor pastoral e esperança no Rei dos reis,

Rev. Phillipe Cunha



Autor: Rev. Phillipe Cunha   |   Visualizações: 29 pessoas
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